Museu do Humor Cearense

Museu do Humor inaugura Sala Augusto Bonequeiro

Pois é! O mestre Augusto Bonequeiro agora tem um espaço lindo para contar um pouco de sua grande história. Será inaugurada no dia 2 de abril de 2024 no Museu do Humor Cearense a Sala Augusto Bonequeiro. A data foi escolhida, não por acaso. Dia 2 é o aniversário do Augusto (73 anos), e também, aniversário do Museu do Humor, que, fundado em 2014, está completando precisos 10 anos. O Museu fica anexo ao Teatro Chico Anysio, que este ano está fazendo 33 anos.

No Sala, o público terá a oportunidade de ver alguns bonecos feitos pelo homenageado, além de troféus e prêmios, os mais variados possíveis que ele recebeu durante sua brilhante trajetória.

Augusto é pernambucano, mas nem parece! Chegou ao Ceará na década de 80 do século passado, e nunca mais saiu daqui; adotando e sendo adotado pelo Cearazim de Açúcar, terra do humor e da alegria.  Jamais se sentiu só: Seu Encrenca, Fuleiragem e mais uma dezena de serezinhos de madeira, esponja, pano ou borracha sempre o acompanharam, obedecendo aos comandos de corpo, dedos, mãos e vozes, às vezes confundindo crianças (e até adultos), que juram que os bonecos têm vida própria.

A Sala exibirá uma exposição de longa duração, e servira para que os visitantes: estudantes e o público em geral sintam de perto a magia da arte de botar boneco.

A realização nasceu de uma parceria de Escudeiro Produções Artísticas e Museu do Humor Cearense. A curadoria é de Ângela Escudeiro e a projeção de espaço de Nonato Carvalho. Após a inauguração, a exposição ficará aberta ao público no horário de funcionamento do MHC, de segunda à sábado, de 14h às 19h.

SERVIÇO:

Inauguração da Sala Augusto Bonequeiro

Dia 02 de abril de 2024 – 19h

Local: Museu do Humor Cearense (Anexo ao Teatro Chico Anysio)

Av. da Universidade, 2175 – Benfica

Entrada: De graça

Informações: 85 999 91 0460

Pesquisa aponta Museu do Humor como principal atrativo para turistas em Fortaleza

Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Turismo de Fortaleza, através do Observatório do Turismo, aponta em um de seus recortes, o Museu do Humor Cearense como principal atrativo para turistas que visitam Fortaleza. Veja os dados:

“Cite três atrativos turísticos que você gostaria de conhecer em Fortaleza:

1º Museu do Humor Cearense (20,3%)

2º Polo Gastronômico da Varjota (18,5%)

3º Arena Castelão (18,0%)

4º Theatro José de Alencar (15,3%)

5º Chico do Caranguejo (14,8%)

6º Cine Teatro São Luís (14.5%)”

Então pronto, meu bichim! Se você ainda não conhece o Museu do Humor Cearense, se mande pra cá, agorinha.

O Museu fica anexo ao Teatro Chico Anysio no bairro do Benfica em Fortaleza. Sendo assim, você conhece os dois duma cacetada só!

Venha se emocionar, e rir feito a peste!

Horário de funcionamento: De segunda à sábado: de 13h30 às 20h

Domingo: de 16h às 20h

Mais um detalhe: Em dia de shows, o Museu fica aberto até o fim do espetáculo, em torno de 22h

INGRESSOS PARA O MUSEU

Inteira: 20 Reais – Meia: 10 Reais

(QUEM COMPRA INGRESSO PARA O SHOW, TEM COMO CORTESIA, A VISITA AO MUSEU)

Festival de Mentiras no Museu do Humor Cearense

Eita, que chegou a hora de você tirar o pé da liseira!

É que vem aí mais um Festival de Mentiras, o de número 34. Só que desta vez, o evento será realizado no Museu do Humor Cearense/Teatro Chico Anysio, e não na Praça do Ferreira, como costumeiramente acontece. O motivo da mudança de local é devido o 1° de abril ter caído num sábado; e sábado e domingo não rola fazer o evento no centro.

Para participar é muito simples: basta preparar uma boa mentira, pegar o microfone e soltar o verbo. As inscrições serão realizadas presencialmente, a partir das 19h, do próprio dia da mentira, no Teatro Chico Anysio. De graça. O Festival começará as 20h.

            Quem escolherá o Maior Mentiroso do Ano será o público, através de aplausos, vaias, gritos, gemidos, estalos de dedos, assobios ou outra manifestação qualquer de apoio ao seu potoqueiro preferido. A premiação totaliza um montante de R$ 1,75 (Um Real e Setenta e Cinco Centavos), assim distribuída:

            1º Colocado R$ 1,00

            2º Colocado R$ 0,50

            3º Colocado R$ 0,25

O prêmio será pago na hora, em espécie, em moeda corrente do Brasil, sob forte esquema de segurança.

Além da premiação em dinheiro, todos os participantes receberão um CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO.

            A realização do Festival é do Museu do Humor Cearense em parceria com o Museu do Caju, e tem apoio da Prefeitura de Fortaleza, através da SECULTFOR, Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza.

História do Festival de Mentiras

            De 1904 a 1920, na Praça do Ferreira, debaixo do Cajueiro Botador (era assim chamado porque botava caju o ano todo – e isso é verdade), o Ceará assistiu a sua festa mais tradicional, popular e moleca que foi o Festival de Mentiras, realizado, é claro, no dia 1º de abril. Ali, intelectuais, artistas, bebuns e desocupados passavam o dia escrevendo e afixando papelotes no cajueiro, com todo tipo de mentiras e chacotas,  provocando a sociedade e os homens do poder.

            Em 1920, o Prefeito Godofredo Maciel, sentindo-se incomodado com a brincadeira, mandou derrubar o Cajueiro, acabando com a farra.

            Na última reforma da Praça do Ferreira, em 1991, foi plantado um novo cajueiro e colocado a seu lado uma placa que conta um pouco desta história.

            Em 2006, depois de 86 anos sem acontecer o evento, o Escritório do Riso/Museu do Humor Cearense retomou o Festival de Mentiras, realizando-o nos anos de 2006, 2007, 2008 e 2009 no Teatro Chico Anysio. Em 2010, o Festival voltou a ser realizado na Praça do Ferreira. Em 2020, não aconteceu o evento, devido a pandemia da COVID-19. Em 2021, ainda por conta da COVID, o Festival de Mentiras aconteceu de modo virtual, onde cada mentiroso enviou um vídeo contando sua potoca. Em 2022, o Festival voltou ao seu lugar de origem, e foi realizado debaixo do Cajueiro Botador. Agora, em 2023, abrindo a programação do Mês do Humorista, o XXXIV Festival de Mentiras será realizado no Museu do Humor Cearense/Teatro Chico Anysio.

            Por que Abril é o Mês do Humorista?

Porque dia 12 de Abril comemoramos o Dia Nacional do Humorista, aniversário de nascimento de Chico Anysio. Para isso existem as seguintes Leis:

Lei Estadual nº 13.317 de 02/07/2003 (Ceará)

Lei Municipal nº 9518 de 23/10/2009 (Fortaleza)

Lei Federal nº 13.082 de 08/01/2015 (Brasil)

SERVIÇO

34º Festival de Mentiras

Dia: 1º de abril de 2023

Horário: 20h

Local: Museu do Humor Cearense/Teatro Chico Anysio

Av. da Universidade, 2175 – Benfica – Fortaleza-Ceará

Informações: 3252 3741   –  9991 0460  (Jader Soares)

Entrada: De graça

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Pantaleão, o personagem mentiroso de Chico Anysio

11 anos de saudades

Hj, 23 de março de 2023, está fazendo 11 anos da partida de Chico Anysio. O humorista nos deixou em 23 de março de 2012.

O Museu do Humor Cearense, que fica no mesmo endereço do Teatro Chico Anysio, em Fortaleza-CE, tem a missão de fazer com que a história de Chico não seja esquecida, e conta, com muita graça e emoção, um poco do muito que fez este mestre da arte do riso.

Viva Chico Anysio!

Comemoração dos 80 Anos da VAIA AO SOL na Praça do Ferreira. Bora???

            O que é uma data importante? Depende do seu ponto de vista. Para o Humor do Ceará, o dia 30 de janeiro é uma data da maior importância, e que tem uma simbologia pra lá de irreverente. Foi neste justo dia que o povo, reunido, sem combinação prévia de local ou horário, resolveu vaiar o astro rei; que, na ocasião, parecia cansado e não mais queria dar o ar da graça. Sumiu por três dias, e quando apareceu, recebeu a sonora vaia. Coisa de cearense. Coisa que só acontece aqui. Coisa inusitada. Peculiar.

            O local onde aconteceu o feito histórico não poderia ser outro: Praça do Ferreira, centro da molecagem cearense. O mesmo local onde circulou Quintino Cunha, Leota e Bode Iôiô. É lá também que tá fincado o Cajueiro da Mentira, com  placa e tudo, onde acontece anualmente, dia 1º de abril, um Festival de Mentiras.

            Neste 2022 o aniversário da Vaia ao Sol ganha um  sabor especial por ser uma comemoração de data fechada: 80 anos. A vaia aconteceu no dia 30 de janeiro de 1942.

            E o que acontecerá? Numa realização do Escritório do Riso, com apoio do Teatro Chico Anysio, Museu do Humor Cearense, Associação dos Humoristas Cearenses-ASSO-H e Sindicato dos Humoristas-SINDIHUMOR, os profissionais do riso vão estar na Praça as 11h, e entre brincadeiras, piadas e causos, vaiarão o sol por 80 vezes!

Acontecerá também o Festival da Vaia. Qualquer pessoa pode participar. Inscrição na hora do evento: DE GRAÇA. O Campeão ou campeã ganhará um CERTIFICADO COMEMORATIVO, e também uma grande vaia…

            Ainda na ocasião, o humorista Jader Soares, que organiza o evento, lançará  o Cordel 80 Anos da Vaia, que conta como tudo aconteceu. É a terceira vez que o humorista organiza esta festividade; sempre, de 10 em dez anos, a saber: nos 60, nos 70 e agora, nos 80 anos!

            E se chover??? Tem problema nenhum… a gente vaia a chuva também!

SERVIÇO:

Evento: 80 Anos da Vaia ao Sol

Local: Praça do Ferreira

Dia: 30 de janeiro de 2022

Horário: 11h

Realização: Museu do Humor Cearense

Informações: 3252 3741   –   999 91 0460 (Jader Soares)

LITERATURA DE CORDEL

Autor: Jader Soares (ZEBRINHA)

80 anos da Vaia ao Sol

1

Me lembro bem direitim

O dia, a hora, o local

Do que aqui vou contar

Pra alegrar o pessoal

Uma história engraçada

Que você vai dar risada

Se não rir não é normal.

2

Fique tranquilo, segure

O Cordel em sua mão

Não trema, não se encabule

Leia alto, use o pulmão

Compartilhe a todo povo

Se quiser, leia de novo

Não se arrependerá não.

3

A história é a da Vaia

Que pra você vou contar

Aconteceu  bem aqui

No Estado do Ceará

Foi na Praça do Ferreira

Eu num tô de brincadeira

Cê tem que acreditar.

4

A Praça, cê sabe bem

Que fica em Fortaleza

É a mais bela de todas

É lá com toda certeza

O centro da molecagem

Travessura, fuleiragem

Zombaria e artisteza.

5

Que vaia? Vaia no Sol

Ou ao Sol, fica melhor

Eu vaiei, mamãe vaiou

Vaiou vovô e vovó

Vaiou o rico, o pobre

Vaiou plebeu e o nobre

Quem não vaiou, ficou só.

6

O motivo? Foi que ele

O astro rei referido

Permitiu uma chuva grossa

Passou três dias escondido

E depois, todo abusado

Quis de volta seu reinado

Ficou com dor no ouvido.

7

Menino, uma nuvem negra

A cidade escureceu

O dia virou foi noite

Três dias inteiros de breu

O mar emendou com a praia

E o sol levou grande vaia

Quando ele apareceu.

8

Foi nos mil e novecentos

Ano de quarenta e dois

Em janeiro, dia 30

Eu tava comendo arroz

De tudo tô me lembrando

E pra você tô contando

Oitenta anos depois.

9

O sol disse: – Vou sair

Antes que mais chuva caia

Não esperava, porém

Lá embaixo tal gandaia

Se encabulou e sumiu

O povo se reuniu

E meteu aquela vaia.

10

– Aparece seu covarde!

Disse um cabra ameaçando

– Desce daí se tu é homem!

Disse um bebo gaguejando

Nunca o sol foi tão xingado

Que ficou acabrunhado,

Depois acabou brilhando.

11

Era no tempo da guerra

A Segunda, Mundial

Mas, em vez de ir pra batalha

Ser morto sem funeral

É serviço mais maneiro

Vaiar o sol trapaceiro

Realmente é mais legal.

12

Veio gente de todo canto

De caminhão e  de pé

Veio Ciço do Juazeiro

Francisco do Canindé

Pra tudo ficar normal

Quem também veio de Sobral

Foi o Bispo Dom José.

13

Apareceu pescador

Com rede e com anzol

Gente com frio danado

Enrolada  com lençol

Mas não deu pra aguentar

E o povo do Ceará

Botou foi quente no Sol.

14

O Bode Iôiô quando ouviu

Aquela vaia do além

Fugiu logo do Museu

Subiu num vagão do trem

Parou bem no meio da praça

Olhou, berrou, achou graça

O vaiou o sol também.

15

Quem via tudo e curtia

Era Leonardo Mota

Fumando um charuto grosso

Derrubando uma meiota

Misturada com limão

Caneta e papel na mão

O Leota tudo anota.

16

Quintino Cunha subiu

Em cima de uma mesa

Fez discurso, sol já posto

Quente, com toda firmeza

Falou pru sol escutar:

“Cê num venha mais frescar

Com o povo de Fortaleza”

17

Ceará, Terra do Sol

Isso na pele se sente

Não é que seja ruim

Só que aqui tá tão quente

Que às vezes fico a pensar

Parece que o sol está

É se vingando da gente.

18

Por isso estou aqui

Lhe convidando pra praça

Venha cá se divertir

Venha mostrar sua raça

Vai ter humor de primeira

Vai ter muita brincadeira

Venha se  abrir, achar graça.

19

Lá também vai ter concurso

E vai ter premiação

Para a vaia mais gaiata

Que tiver mais emoção

Vá treinando, ensaiado

Tudo que ver vá vaiando

Não fique de fora não!

20

E se na Praça passar

Um sujeito amarmotado

Diferente, esquisito

Assim meio atrapalhado

Se alguém ver, se aperceber

O que vai acontecer

É que ele vai ser vaiado.

21

O direito de vaiar

É próprio do cidadão

Vaia até o time que torce

E o cearense, então!

Vaia queda, vaia enterro

Vaia acerto, vaia erro

Vaia político ladrão.

22

Tá no sangue deste povo

A molecagem latente

O bom humor sempre ativo

Sempre bem vivo e presente

Viva o povo do lugar

Viva o meu Ceará

Viva a graça desta gente!